Agora, meu livro de contos e poesia "Reconstruções" pode ser adquirido também na Urban Street Books, a sua loja de livros nacionais.
RECONSTRUÇÕES |
Uma coletânea de contos e poesias que apresenta, com sensibilidade, os percalços dos relacionamentos
humanos e a autodescoberta que eles envolvem.
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Trechos:
Aguardei ansioso pela sua volta. Na verdade, todos nós estávamos ansiosos pela volta de papai.
Mamãe se apegava a Deus em uma oração silenciosa no quarto; Inácio tirava lascas da parede com
seu estilete (ele sempre fazia isso quando estava nervoso); eu acendia um palito de fósforo, ficava
vendo-o queimar e, antes que se apagasse, passava o fogo para outro palito (era assim que eu
mantinha acesa a esperança de o patrão entender que eu não tinha culpa pelas páginas rasgadas
dos livros e de não perder a amizade da Aninha). Se não estivesse rezando no quarto, em outra oca sião, mamãe certamente brigaria comigo por estar queimando tantos fósforos assim, à toa. Mas,
para mim, aquela ação tinha, sim, um significado: era como se a chama reproduzida pelos palitos
trouxesse claridade à escuridão daquele momento, causada pela situação de se ter que esperar, sem
poder fazer nada, enquanto papai tentava resolver sozinho o mal-entendido.
Trecho do conto “Memórias da Fazenda Vargas”
Eu desço do automóvel / E, num segundo, é como se ele / Nunca tivesse existido. / Apenas o seu farol.
(...)
Olho o horizonte. / Nada vejo além de névoa e noite. / Mas, ao meu lado, / Um farolete de lata e vela.
Trechos do poema “Faróis”
Pode-se observar, embora mais presente na poesia, um jogo de luz e sombra – uma disputa
constante entre a claridade e a escuridão – no livro de estreia de Natanael Otávio.
constante entre a claridade e a escuridão – no livro de estreia de Natanael Otávio.
Na cozinha, o garoto subiu num banquinho e fitou pela janela, mas não era a chuva que via, e sim
um rio, bem como sua mãe lhe dissera. Ele nunca havia olhado para a chuva daquela forma, e agora
tinha criado um rio imaginário e imenso – um rio que o separava de uma cidade (também imaginária)
repleta de crianças, que brincavam felizes e sem nenhum adulto por perto.
um rio, bem como sua mãe lhe dissera. Ele nunca havia olhado para a chuva daquela forma, e agora
tinha criado um rio imaginário e imenso – um rio que o separava de uma cidade (também imaginária)
repleta de crianças, que brincavam felizes e sem nenhum adulto por perto.
Trecho do conto "De volta a Neverland"
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Agradeço pela visita!
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Que ótimo! Você fez um ótimo trabalho, que merece muito reconhecimento!
ResponderExcluirObrigado, Andrea! Fico feliz que tenha gostado do meu livro. A sua opinião vale muito pra mim!
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