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Grupo Sarau Entre Amigos 08/05/2015 |
Eu desço do automóvel
E, num segundo, é como se ele
Nunca tivesse existido.
Apenas o seu farol.
Volto a caminhar por estradas
Que antes, pés descalços, pisei;
Vislumbrar paisagens
Que antes, olhos inocentes, contemplei.
Ladeiam os meus ombros
As jaqueiras e jabuticabeiras.
Elas sempre estiveram intactas,
Inalteradas pelo tempo.
Olho o horizonte.
Nada vejo além de névoa e noite.
Mas, ao meu lado,
Um farolete de lata e vela.
Contar nossas histórias,
A minha não seria a mais bela,
Mas seria, sim, uma história...
E, ainda que eu possa lembrá-la,
Se já não existo mais como antes,
Poderia, com artifício,
Contá-la como deveria?
Não sei se posso. Sei que tento.
Torço-me e retorço-me:
Um pano úmido em movimento,
Incorporando-me à poeira do dia a dia.
Extraindo a poesia, essa,
Expressa em caldo ralo,
E, mesmo que nunca se intensifique,
Que não dure mais que uma bolha de sabão,
Ainda posso ler o sumo
Onde não tem nada escrito,
Orientar-me pelos símbolos, ícones e faróis,
Que me alumiam
também os pensamentos.
Faróis
Natanael OtávioAgradeço pela visita. Deixe um comentário...
Olá, amigo! Passando para uma visita mais demorada em teu blog.É um bonito e funcional blog.Continue acreditando em ti mesmo...as impossibilidades humanas,abrem brechas para Deus fazer algo grandioso em tua vida.Parabéns!
ResponderExcluirObrigado pela visita, amigo! Fico feliz que gostou!:)
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