Sinopse:
Raul é um morador de rua, um
menino invisível como tantos outros. Como se sua desgraça não fosse
suficiente, o garoto descobre-se portador da licantropia, maldição que o
transforma em fera sempre que a lua cheia ocupa o céu. Tito Agnelli é um velho
imigrante italiano. Ele não compartilha do abandono de Raul, mas conhece
muito bem a sensação de ser rasgado por dentro pela coisa vil e selvagem
que se abriga nele.
Compadecido com o sofrimento do
recém-transformado, Tito acolhe Raul e reabre a Alcateia de São Paulo,
extinta até então por falta de lupinos residentes na Pauliceia. Depois de
décadas de contaminação, Tito conhece cada detalhe da maldição com que
precisam lidar. E conhece também a Galeria Creta, um lugar em São Paulo
onde, na lua cheia, há sempre um abrigo seguro para ele e para outros dos
seus.
Basta pagar o preço.
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Essa novela é a primeira
publicação sobre o universo da Galeria Creta, uma galeria nos submundos de São
Paulo onde - sob a gerência de Minotauro - a realização de todo e qualquer
desejo pode ser encontrada à venda.
Comentário por Natanael Otávio:
Ambientada na cidade de São Paulo, a novela “Lobo de Rua” de
Jana P. Bianchi nos apresenta um enredo extremamente empolgante, numa história
de lobisomem, que prende o leitor do inicio ao fim, sobretudo pela construção
de personagens fortes e cativantes como é o caso dos protagonistas Raul e Tito,
o primeiro, um menino de rua tentando entender o que acontece consigo mesmo
durante a lua cheia; o segundo um velho imigrante italiano, que após décadas de
contaminação, decide ajudar o garoto a se encontrar e a lidar com essa
transformação.
“Mas uma grande metrópole sempre será um amontoado de gente
frenética: saiba lidar com essa gente e você sobreviverá lua após lua”.
Gostei muito dos cenários, que são bem construídos. Os espaços mostra um pouco do cotidiano do paulistano (a 25 de
Março, o metrô, o lanche de mortadela). O livro contém ação, drama, ironia, humor, surpresas e
beleza (sendo a beleza um ponto que considero fundamental em uma obra, que vai
desde a construção literária, qualquer elemento da narrativa, diálogos e
descrições, que são utilizados para causar expressividade e que também nos saltam
aos olhos, até o seu acabamento: revisão, diagramação, capa), tudo na medida
certa.
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